EVOLUÇÃO DA ARQUITECTURA 
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Arquitectura Moderna
Arquitectura Moderna

Arquitectura Moderna

 

1. Origens Da Arquitectura Moderna

É possível traçar três linhas evolutivas nas quais se pode encontrar as origens da arquitectura moderna. O que une estas três linhas é o facto de terminam naquilo que é chamado de movimento moderno da arquitectura, considerado o auge de uma trajectória histórica que desembocou na arquitectura realizada na maior parte do século XX.

A primeira destas origens é a que leva em consideração que o ideário arquitectónico moderno está absolutamente ligado ao projecto da modernidade, e, em particular, à visão de mundo iluminista. Esta linha localiza o momento da génese na arquitectura realizada com as inovações tecnológicas obtidas com a Revolução Industrial e com as diversas propostas urbanísticas e sociais realizadas por teóricos. Segundo esta interpretação, o problema estético aqui é secundário: o moderno tem muito mais a ver com uma causa social que com uma causa estética.

A segunda linha leva em consideração as alterações que se deram nos diversos momentos do século XIX com relação à definição da arte e de seu papel na sociedade. Esta interpretação dá especial destaque ao movimento Arts & crafts e à art noveau de uma forma geral, consideradas visões de mundo que, ainda que presas às formas e conceitos do passado, de alguma forma propunham novos caminhos para a estética do futuro.

Uma terceira linha, normalmente a mais comum entendida como sendo a base do modernismo, é a que afirma que a arquitectura moderna surge justamente com a génese do movimento moderno, sendo as interpretações anteriores apenas consequências desta forma de pensamento. A arquitectura moderna surge, portanto, com as profundas transformações estéticas propostas pelas modernas artístas das décadas de 10 e 20.

 

2. Principais características Da Arquitectura Moderna

Apesar de ser um momento multifacetado da produção arquitectónica internacional, o Modernismo manifestou alguns princípios que foram seguidos por um sem-número de arquitectos, das mais variadas escolas e tendências.

Uma das principais bandeiras dos modernos é a rejeição dos estilos históricos principalmente pelo que acreditavam ser a sua devoção ao ornamento. Com o título de Ornamento e Crime (1908) um ensaio de Adolf Loos critica o que acreditava ser uma arquitectura preocupada com o supérfluo e o superficial. O ornamento, por sua vez, com suas regras estabelecidas pela Academia, estava ligado à outra noção combatida pelos primeiros modernos: o estilo. Os modernos viam no ornamento, um elemento típico dos estilos históricos, um inimigo a ser combatido: produzir uma arquitectura sem ornamentos tornou-se uma bandeira para alguns. Junto com as vanguardas artísticas das décadas de 1910 e 20 havia um como objectivo comum a criação de espaços e objectos abstractos, geométricos e mínimos.

Outra característica importante eram as ideias de industrialização, economia e a recém-descoberta noção do design.

Acreditava-se que o arquitecto era um profissional responsável pela correcta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo homem, carregando um fardo pesado. Os edifícios deveriam ser económicos, limpos, úteis.

Duas máximas se tornaram as grandes representantes do modernismo: menos é mais (frase cunhada pelo arquitecto Mies Van der Rohe) e a forma segue a função ("form follows function", do arquitecto moderno Louis Sullivan, também traduzida como forma é função). 

Estas frases, vistas como a síntese da ideia moderna, tornaram-se também na sua caricatura.

 

3. Arquitectura do Bauhaus

A Bauhaus deseja constituir em unidade o conjunto de disciplinas artísticas - escultura, pintura, desenho e artes aplicadas - para incorporá-las a uma arquitectura de novo cunho".
A Bauhaus, mais que uma escola de Artes Plásticas, Design e arquitectura de vanguarda, foi um centro de agitação de todas as disposições criativas da época, que assinalou o início de uma nova fase na arquitectura mundial e funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. Um de seus principais méritos consiste em ter alterado as relações entre desenho e arte industrial.

O 'embrião' da Bauhaus foi a escola de artes aplicadas de Weimar, fundada em 1906. Inicialmente foi dirigida por Henry Van de Velde, que, quando deixa a Alemanha, indica Walter Gropius como seu sucessor; assumindo a direcção em 1919, este reestruturou a escola e a baptizou Bauhaus.

As idéias de Gropius baseavam-se fundamentalmente na combinação de um ideal morrisiano que provém do nome de William Morris, que acreditava que o artista deveria desenhar e executar seu próprio trabalho com a ideia da unidade entre o monumental, grandioso e os elementos decorativos. Visando criar uma nova forma de arquitectura moderna.

 

4. Internation Style

Apareceu no século XX. A historiografia tradicional da arquitectura moderna costuma dividir tal movimento em duas grandes vertentes: o organicismo (tendo em Frank Lloyd Wright seu principal nome) e o funcionalismo. Do funcionalismo surgem novas tendências, sendo a mais abrangente o international style.

As raízes do international style se encontram nas obras e ideias de Le Corbusier.

Como o modernismo, de uma forma geral nega referências históricas na arquitectura (considerando-as principalmente como ornamento, e portanto, desnecessário), a produção que começou a ser realizada pelos arquitectos modernos podia facilmente se adaptar às necessidades de todos os países (o que efectivamente aconteceu), daí o carácter internacional do movimento.

É importante também destacar que, apesar do style, este movimento não pretendia revestir-se de um estilo. Críticos contemporâneos do funcionalismo, no entanto, alegam que com o passar do tempo o international style tornou-se um novo estilo, contrariando seus ideais originais: é o fenómeno da estilização do modernismo, ocorrido principalmente nas décadas de 60 e 70. Alega-se também que esta estilização continua em curso principalmente na arquitectura brasileira.

 

5. Arquitectura Brutalista

A arquitectura brutalista foi um movimento arquitectónico desenvolvido por arquitectos modernos em meados das décadas de 50 e 60. O brutalismo desenvolveu-se a partir de uma radicalização de determinados preceitos modernos. Apesar de hoje ser chamado como movimento, não se constituiu efectivamente de um projecto colectivo com ideais comuns.

O brutalismo privilegiava a verdade estrutural das edificações, de forma a nunca esconder os seus elementos estruturais (o que se conseguia ao tornar o concreto armado aparente ou destacando os perfis metálicos de vigas e pilares). Apesar das duras críticas dos brutalistas à "ornamentação desnecessária", em muitos casos eles mesmos se viram em situações formalistas ao extremo.

Os últimos projectos de Le Corbusier costumam ser apontados como prenunciadores do movimento. Os projectos do arquitecto contemporâneo Tadao Ando também costumam ser chamados de brutalistas.

No Brasil, a arquitectura brutalista, juntamente do construtivismo russo influenciou a obra de diversos representantes da chamada Escola Paulista, dentre os quais João Batista Vilanova Artigas.