Arquitectura pré-histórica

1. Arquitectura do Neolítico

O Neolítico é o período da Pré-história que começa em 8000 a.C. Caracteriza-se pela utilização da pedra polida, usada no fabrico de instrumentos agrícolas e de caça. É neste período que surge o sedentarismo, ou seja, os nómadas passam a fixar-se em determinados lugares, de modo a não abandonarem os seus campos cultivados nem os celeiros. Ligados às tarefas agrícolas, fabricavam-se machadas, enxadas (desbravamento e amanho da terra) foices, mós, almofarizes (colheita e moagem dos cereais) e à produção de armas, como lanças, azagaia pontas de seta. Nasceram, também, as primeiras actividades agrícolas – a cerâmica, a cestaria (novas técnicas de fabrico de recipientes) e a tecelagem, usando, para o fabrico de tecidos, lã ou o linho.

Em alguns povoados agrícolas ergueram-se grandes construções defensivas, como a torre e as muralhas de Jericó, apesar de que maioria destinava-se a fins religiosos ou funerários, como os monumentos megalíticos. Estes eram feitos com enormes blocos de pedra, imperfeitamente talhados e mostram a originalidade da cultura neolítica. Podemos distinguir diversos monumentos megalíticos:

Menir – coluna rudimentar de pedra, isolada e erguida em direcção ao céu. Assume-se que a sua origem esteja ligada a uma manifestação ritual à vitalidade e à fertilidade da terra. Usava-se para controlar o tempo, através da sua sombra projectada e para a delimitação de terrenos. 

Cromeleque – conjunto de menires dispostos em círculo. Este monumento megalítico dava a ideia de recinto sagrado ou lugar de culto ou até podiam estar relacionados com o estudo da astronomia ou fenómenos celestes ou estavam destinados a assembleias da comunidade.

Um grande exemplo deste tipo de monumento é o “Stonehenge” – o maior, mais complexo, e o mais característico edificado pelo homem. 

Alinhamento – Designação dada a um agrupamento de menires organizados em linha recta.

Anta ou dólmen – câmaras formadas por grandes pedras, cobertas por lajes. Eram monumentos funerários, onde depositavam os mortos com as suas armas e adornos.